A ponta da minha língua te quer inteira:
da ponta dos teus pés ao céu da tua boca.
Os dentes da minha boca rasgarão tua roupa,
e eu te terei, enfim, inteira.
Então, quando te achares cansada
na fadiga do nosso momento
ou no afã que é meu contentamento,
É a mim que terminarás abraçada.
As pontas dos meus dedos vão navegar,
como no mar, os teus cabelos;
E eu fecharei meus olhos sem medo de naufragar.
Assim, quando perdermos o senso do mundo consciente,
nos acharemos agarradinhos:
não só em cama, mas também em mente.
terça-feira, 12 de maio de 2009
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Um comentário:
o digo entorpecente
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