terça-feira, 12 de maio de 2009

O Querer

A ponta da minha língua te quer inteira:
da ponta dos teus pés ao céu da tua boca.
Os dentes da minha boca rasgarão tua roupa,
e eu te terei, enfim, inteira.

Então, quando te achares cansada
na fadiga do nosso momento
ou no afã que é meu contentamento,
É a mim que terminarás abraçada.

As pontas dos meus dedos vão navegar,
como no mar, os teus cabelos;
E eu fecharei meus olhos sem medo de naufragar.

Assim, quando perdermos o senso do mundo consciente,
nos acharemos agarradinhos:
não só em cama, mas também em mente.

Um comentário:

Nica disse...

o digo entorpecente