Quando eu te disse adeus,
Entrei em semana de provas.
Mas não dos saberes meus:
Eram outras provas, novas...
Na segunda, foi prova de melancolia:
Escrevi laudas de tristeza
Recordava-me da tua pureza
Entre pontadas de nostalgia.
Na terça, tive prova de pranto:
Enchi mesmo uma piscina!
Com a dor da minha sina
De cantar para ti meu triste canto.
Na quarta, tive prova de fúria:
Blasfemei várias vezes teu nome,
Joguei às traças o teu sobrenome
Perfumando-o de injúrias.
Na quinta, tive prova de remorso:
Repeti em mente tudo o que disse
Foi sandice? Burrice? Tolice?
Não sei, as palavras distorço...
Na sexta, tive prova de euforia:
Mas a excitação era falsa!
Não era nada como a valsa
Que dançávamos com alegria.
No sábado, tive prova de calma:
Fechei a janela do coração
E rezei, de prontidão
Pedindo para deus acalentar-me a alma.
No domingo, tive prova de resiliência.
Doeu, mas fui forte e consegui
Apaziguar toda a dor que senti
Quando me dei conta de tua ausência.
Em todas as provas que fiz, passei
Recebi summa cum laude
O mundo inteiro aplaude!
Porque eu enfim te superei.
quinta-feira, 21 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Velório sem defunto
Prestai atenção ao anúncio
Dos violinos da melancolia
E do piano que, enfim, dizia:
Começou a orquestra do silêncio.
Escutai o diálogo entre os mudos
Palavras de tristeza e solitude
Que, em toda sua magnitude,
Pareciam a música dos surdos.
Fervei no calor da multidão
Escorai entre milhares...
Sempre em solidão.
Dai adeus, neste velório sem defunto,
Àqueles antigos luares, e entrai
No mundo das conversas sem assunto.
Dos violinos da melancolia
E do piano que, enfim, dizia:
Começou a orquestra do silêncio.
Escutai o diálogo entre os mudos
Palavras de tristeza e solitude
Que, em toda sua magnitude,
Pareciam a música dos surdos.
Fervei no calor da multidão
Escorai entre milhares...
Sempre em solidão.
Dai adeus, neste velório sem defunto,
Àqueles antigos luares, e entrai
No mundo das conversas sem assunto.
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