domingo, 28 de junho de 2009

Dos Relógios

As melhores coisas acontecem no ponteiro dos segundos.

A Solitude da Razão

Triste mesmo é a razão.
Ela, que não chora, não sorri e não namora,
Fica sempre a espreitar por aí,
A reclamar do coração.

Pudera eu apresentar-lhe a canção,
Essa agridoce companhia
Que, no enredo da melancolia,
Vem embalar os versos meus.

Faria, então, uma ode ao pensamento,
Com acordes dissonantes,
Belas frases, fino trato...

Clamaria pela presença da emoção,
Reclamando de como o mundo seria chato
Se houvesse somente a razão.

sábado, 27 de junho de 2009

Dos Trens

Enfim partiram os trens!
Levaram consigo os choros, os sorrisos;
Os abraços dos amigos,
E a saudade peculiar dos trens.

Partiram, cada qual para um caminho,
Em estradas diferentes
E paisagens tão contundentes
Que pareciam estar sozinhos.

Depois de incontáveis milhas,
Os vagões foram preenchidos:
Trechos, pedras, trilhos... Então,

Quando vão se encontrar de novo?
Ignorantes, assim vão os trens,
Esperando a próxima estação