quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um tratado sobre amizade

Preâmbulo

Todo homem é feito de sonhos, desejos e ilusões:
E toda ilusão voa como pássaro no interminável horizonte.
Uma andorinha não faz verão:
E todas as andorinhas voam, como voam os sonhos,
Como voam os homens e as mulheres
Como devem voar juntos os amigos.


Art. 1°
Todos os nossos sonhos deverão coincidir:
Amores, profissões e hobbies diversos
Jamais dispensarão um telefonema no fim da tarde.


Art. 2°
Às nossas cabeças nunca faltará um ombro para o pranto;
Às nossas mãos sempre estará dada uma outra mão amiga,
E ao nosso coração serão imprescindíveis perdão e desculpas.

Parágrafo único: O riso não poderá deixar de ser compartilhado, assim como a angústia.


Art. 3°
Ainda que nossas vidas tomem rumos diferentes,
Fica proibido qualquer tipo de estranheza com o passar dos anos.


Art. 4°
Fica estabelecida uma punição de mil abraços e sorrisos
Àquele que se esquecer das velhas histórias e piadas.


Art. 5°
Fica terminantemente permitido que nossos filhos sejam amigos,
Que nossos netos se casem
E que vivamos para sempre em suas memórias.

Parágrafo único: Fiquem longe de nossas irmãs!


Art. 6°
Fica decretada ilegal qualquer festa na ausência de um de nós,
Assim como nosso time não joga incompleto.
(Caso contrário o jogo não é bom)


Art. 7°
A partir deste tratado,
Ratifica-se a amizade como chama inapagável
O amor como um mal incurável
E a vida como uma louca aventura em que nos metemos juntos.

(Qualquer semelhança com o Estatuto do Homem, de Thiago de Mello, é mera coincidência)

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