Há em nós um ser descontente
Que às vezes, pisando em todos os avisos,
Atende à súplica da libido,
E nos desatina completamente.
De repente transforma o resto de nós
Em pobres coitados, sedentos,
Que choram de gozo e riem de sofrimento
A cada desamarrar de nós.
Entre o fim de uma música e o início de outra,
A sanidade que nos resta é pouca
E nos satisfazemos em nos desfazer;
Entre a língua e a alma,
Há um corpo que, sem calma,
Se encontra em nos perder.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
O Querer
A ponta da minha língua te quer inteira:
da ponta dos teus pés ao céu da tua boca.
Os dentes da minha boca rasgarão tua roupa,
e eu te terei, enfim, inteira.
Então, quando te achares cansada
na fadiga do nosso momento
ou no afã que é meu contentamento,
É a mim que terminarás abraçada.
As pontas dos meus dedos vão navegar,
como no mar, os teus cabelos;
E eu fecharei meus olhos sem medo de naufragar.
Assim, quando perdermos o senso do mundo consciente,
nos acharemos agarradinhos:
não só em cama, mas também em mente.
da ponta dos teus pés ao céu da tua boca.
Os dentes da minha boca rasgarão tua roupa,
e eu te terei, enfim, inteira.
Então, quando te achares cansada
na fadiga do nosso momento
ou no afã que é meu contentamento,
É a mim que terminarás abraçada.
As pontas dos meus dedos vão navegar,
como no mar, os teus cabelos;
E eu fecharei meus olhos sem medo de naufragar.
Assim, quando perdermos o senso do mundo consciente,
nos acharemos agarradinhos:
não só em cama, mas também em mente.
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