domingo, 31 de outubro de 2010

Soneto das duplas ações

Para o Gabriel

Não penses duas vezes nos carinhos dela,
Não penses duas vezes em seu coração,
Em abraços partidos, desejos em vão,
Jamais hesita em recitar aquela

Poesia velha, inacabada, fútil,
Sobre o sofrimento que a vivência traz
E a saudade que um namoro não faz
Ao inquieto pensamento inútil!

Se um dia repetires algo de vez,
Que não seja pensar, refletir,
Ou sentir calafrios à flor da tez;

Vive, sente, chora e diz:
Antes senti e cantei duas vezes,
Mas jamais me permiti ser infeliz!

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