domingo, 25 de dezembro de 2011

José de Alencar que me perdoe, mas...

A minha Iracema não tem lábios de mel:
Seus lábios são roxos,
Com o gosto do vinho tinto da noite passada.

Negros, como a asa da graúna?
Não, são apenas escuros
Como o rio que banha minha cidade.

O favo de jati?
Torna-se amargo
Quando minha Iracema sorri
[De tão mais doce que seu sorriso é]

E a corça selvagem?
Deixe-a ser rápida
Minha Iracema é calma
[Com a lentidão que me interessa]

Virgem?
Pobre Martim...

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