domingo, 5 de maio de 2013

Esfinge

Decifro-te, ou me devoras, esfinge:
Mas és tão indecifrável!
Esta tua timidez, inquebrantável,
É quebra-cabeça complicado deveras...

Teu silêncio é brisa que arrebata:
No âmago de tua avassaladora ingenuidade,
Receio dizer-te, é verdade
Que reside a essência de minha insegurança.

Toco tua mão, infinita maciez
E, sem saber o que pensas,
Firo-me profundamente:

É sim, não, talvez...?
Não sei é acidente, ou se tu mesma tentas
Agredir-me tão fortemente a mente!

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