quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cálice

Afasta de mim esses teus olhos azuis
Tão assombrosos de cruel tentação
Que fazem temerosa sensação
De boate, bar, bebida e blues

Afasta de mim teu hipócrita pudor
Tua vermelhidão de tantos rubis,
Tira de mim tuas mãos tão sutis,
Leva embora do teu corpo o calor

Afasta de mim tua mácula hedonista
Essa tua busca incessante por gozar
Afasta de uma vez, não insiste.

Afasta de mim esse cálice!
Para de torpores mil falar,
Para, por favor, cala-te!