quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Saudade da poesia

Quanta saudade da poesia!
Do trôpego e bêbado andar do amor
Dos sorrisos das mulheres sem valor,
Do verso que de minha boca partia.

Haja saudade dos silêncios discursivos,
Dos discursos inócuos, da alegria
Que invade a alma triste e fria
Dos desejos brutos, permissivos.

Quanta falta que aqui há!
Das doces sugestões libidinosas,
Fruto da deselegância dos drinques;

E das atitudes tão impetuosas
Que apenas num poema há:
Amar, cantar, sorrir, chorar...

Um comentário:

Hamyle Nobre disse...

que bonito!

Não há coisa mais bonita,
não dá nada, dá saudade.
saudade, saudade que dá! (8)